sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Projeto Biomas

Embrapa lança Projeto Biomas, de agricultura sustentável
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lançou esta tarde, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Projeto Biomas, que visa a identificar os diferentes potenciais de uso da terra, considerando as fragilidades ambientais e estabelecendo parâmetros para o desenvolvimento da agropecuária sustentável.

O lançamento acontece num momento de impasse entre os ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura para a reformulação do Código Florestal.

"Há 13 anos há embates entre agricultura e ambiente, e agora procuramos um árbitro imparcial, a Embrapa, que é a opção pela pesquisa, pela ciência", justificou a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), referindo-se à estatal que está subordinada ao Ministério da Agricultura.

Queremos deixar a paixão de lado, pois o meio ambiente não é bandeira de ninguém, é bandeira de todo mundo"
"Mesmo que a ciência não seja perfeita, é a melhor solução que temos hoje. Queremos deixar a paixão de lado, pois o meio ambiente não é bandeira de ninguém, é bandeira de todo mundo", continuou.

O projeto prevê o estudo e determinação de áreas estruturalmente frágeis com posterior criação de seis unidades demonstrativas de 500 hectares em cada um dos biomas brasileiros: amazônico, caatinga, cerrado, mata atlântica, pampa e pantanal. Essas áreas serviriam como padrões para a produção sustentável. "Essas unidades funcionarão como vitrines, como show rooms", explicou a senadora.
Para viabilizar o projeto, a CNA destinará R$ 20 milhões para serem distribuídos em nove anos de pesquisas para a Embrapa. A estatal reservará 60 pesquisadores da casa para tocar o projeto, mas pretende contar, ao todo, com 240 profissionais oriundos de universidades parceiras. De acordo com o projeto, 70% dos recursos serão destinados à mobilidade dos pesquisadores. Além disso, a Confederação buscará novos recursos para aplicar na divulgação do Biomas. "As pessoas precisam conhecer o projeto para que o os produtores sejam estimulados", justificou a presidente da CNA. O pesquisador da Embrapa Florestas Gustavo Ribas Curcio disse que o presidente da estatal, Pedro Arraes, também se empenhará em obter recursos para repassar ao projeto. "A Embrapa está dando importância muito grande a esse projeto. É como se a Ferrari e o (Michael) Schumacher estivessem se unindo", comentou o pesquisador, numa analogia automobilística. Até o final deste ano, os pesquisadores devem aprofundar os trabalhos em dois biomas, a mata atlântica e o cerrado, onde está concentrada a maior produção de alimentos do Brasil. "É onde está a crise (meio ambiente e agropecuária).
Amazônia polêmica
A Amazônia é mais polêmica, mas está mais preservada e já há o programa de desmatamento zero lá", disse Kátia Abreu. "A cada dois anos, o pesquisador bota o pé no barro em dois biomas", disse Curcio. Em três meses, no máximo, segundo o pesquisador, começarão os trabalhos nos dois primeiros biomas. Assim, de acordo com ele, o primeiro resultado de informação científica começará a ser gerado em sete ou oito meses. "Existem respostas que podem sair muito rápido, ainda este ano, e outras de médio e longo prazo", disse. Os profissionais da Embrapa já começaram a compilar mapas para escolher qual é o ponto mais representativo dentro de cada bioma. "Queremos a maior extrapolação possível. Não nos interessa muito pontual", explicou. As áreas escolhidas serão todas privadas e precisarão do consentimento de seus proprietários para serem avaliadas.

Energia solar

Empresa alemã quer dar a volta ao mundo com navio movido a energia solar
PlanetSolar atinge 25 km/h e pode receber 50 a bordo.Inventores prometem embarcação 'limpa e silenciosa'.
Da AFP, em Kiel
O PlanetSolar, maior "navio solar" do mundo, segundo seus construtores, foi apresentado nesta quinta-feira (25) em Kiel, norte da Alemanha. A embarcação fará uma viagem pela Europa este ano e a volta ao mundo, em 2011.
"É um sentimento único ver concretizado, hoje, um sonho de tanto tempo", afirmou Raphael Domjan, iniciador do projeto e futuro capitão.
Com 30 metros de comprimento e 16 metros de largura, o navio está equipado com de painéis solares fotovoltaicos e será "limpo e silencioso", segundo a companhia responsável e da embarcação.



O 'Planet Solar' durante sua apresentação nesta quinta-feira (25) na cidade alemã de Kiel. (Foto: AFP)



o 'Planet Solar' durante sua apresentação nesta quinta-feira (25) na cidade alemã de Kiel. (Foto: AFP)
Poderá alcançar velocidade máxima de 15 nós (25 km/h) e tem capacidade para 50 pessoas.
Para a volta ao mundo, os futuros tripulates pensam em permanecer o mais tempo possível perto do Equador para aproveitarem o sol.
A viagem de 40 mil quilômetros deverá durar 140 dias, atravessando o Oceano Atlântico, o Canal de Panamá, o Oceano Pacífico e o Oceano Índico, até passar pelo Canal de Suez para chegar ao Mar Mediterrâneo.
Empresa galesa faz casa com 18 toneladas de plástico reciclado
Segundo fabricantes, novo material é resistente e pode revolucionar mercado.
Da BBC
Uma empresa do País de Gales, na Grã-Bretanha, construiu uma casa com 18 toneladas de plástico reciclado.
A companhia Affresol desenvolveu uma tecnologia que transforma plástico e minerais em um material batizado de Thermo Poly Rock, que poderia revolucionar a indústria de construção.

Assista ao vídeo



A casa reciclada galesa. (Foto: BBC)
O projeto, apoiado pelo governo galês e por organizações ambientais, já lançou uma linha de casas verdes e construções modulares portáteis de quatro toneladas.
O secretário da Economia do país de Gales, Ieuan Wyn Jones, disse que "o novo processo sustentável" tem muito potencial e pode gerar uma grande quantidade de empregos.

Patente
A empresa diz que o processo tem baixo consumo de energia e transforma plástico em um material durável e resistente.
As placas de Thermo Poly Rock formam as paredes de sustentação da casa, que pode ser coberta externamente com tijolos ou pedra, enquanto o interior pode ganhar uma camada de isolamento térmico e ficar com a mesma aparência de uma casa tradicional. As telhas também são feitas de material reciclado.
O diretor-gerente da Affresol, Ian McPherson, diz que o novo material é mais leve e resistente que concreto, é térmico, impermeável, não-inflamável e não apodrece.
A empresa estima que a vida útil das casas seja de cerca de 60 anos, mas diz que os elementos do Thermo Poly Rock podem ser novamente reciclados ao fim deste período.
"Todos os países do mundo têm problemas com lixo e agora temos a oportunidade de transformar este lixo em um recurso de construção de moradias 100% reciclável", diz McPherson.
Agora a empresa aguarda aprovação para construir 19 casas em Merthyr, no País de Gales, como parte de um projeto-piloto.